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COVID-19: surge máscara alternativa de proteção para conter vírus

Membro da Comissão de Crise do Coren-SE participa de programa de criação deste equipamento

05.04.2020

Uma nova máscara de proteção foi elaborada como alternativa para conter o coronavírus (COVID-19) e proteger a população diante desta pandemia. A ideia, que contou com o apoio do membro da Comissão de Crise do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-SE), Conrado Marques de Souza, visa democratizar o acesso à equipamentos de proteção como este, com um baixo custo, suprindo também algumas lacunas do mercado.

Para que a ideia surgisse, o professor Dr. Gildário Dias Lima, da Universidade do Delta do Parnaíba (UFDPar) e proprietário da startup TRON Ensino de Robótica Educativa), reuniu uma equipe de pesquisadores de instituições parceiras, afim de desenvolver uma máscara de proteção respiratória, a partir de impressoras 3D.

A iniciativa partiu diante do agravo da pandemia do novo COVID-19, com o objetivo de contribuir, de forma direta, para minimizar problemas emergentes que prejudicam o processo de controle da doença. A intenção é diminuir custos e solucionar, de forma rápida e eficaz, a escassez de materiais de proteção individual. Através do processo colaborativo com responsabilidade e o emprego de uma cultura tecnológica que funcione em benefício da sociedade, foi desenvolvida a máscara de proteção respiratória Delfi-Tron.

 

A MÁSCARA

A Delfi-Tron é uma máscara que obedece às diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). É reutilizável, lavável e proporciona o máximo de conforto, durabilidade e proteção ao usuário. O filtro mecânico deve ser trocado sempre que o usuário perceber um aumento na dificuldade de respiração (devido a saturação), se houver danos físicos e quando não estiver mais em condições adequadas de higiene.

A Delfi-Tron é um produto de baixo custo, fácil manufatura, com uso de impressoras 3D domésticas, empregando somente matérias primas “ecofriendly”, biodegradáveis e recicláveis. Além disso, para seu desenvolvimento foi considerado os aspectos ergonômicos, praticidade e reutilização após a higienização, sendo somente descartado o filtro responsável pelas trocas gasosas.

Máscara pode ser usada com diferentes filtros e reutilizado após completa higienização

Todo o princípio de criação da máscara visa facilitar a produção, uma vez que existem milhares de impressoras 3D paradas, neste momento, em laboratórios de escolas. O projeto é open-source e pode ser melhorado por pessoas do mundo inteiro, criando, assim, versões para diferentes tipos de aplicação – porém, devem ser seguidas as orientações da ANVISA para garantia dos efeitos esperados.

 

OS CUSTOS

Estima-se que uma máscara custe entre R$ 5,00 a R$ 15,00 dependo da escala de produção. A Delfi-Tron foi comparada com as máscaras convencionais do mercado o mostram-se promissoras, pois apresenta a praticidade de poder ser usada com diferentes filtros e reutilizado após completa higienização. “Os filtros empregados custam em média quinze centavos, a depender da região, e são feitos a partir de materiais básicos encontrados em farmácias e supermercados” explica o Conselheiro do Coren-SE, Conrado Marques.

Segundo os pesquisadores envolvidos, o projeto foi desafiador. Em poucos dias tivemos que fazer a escolha das matérias primas, delineamento e execução do projeto, empregando a lógica de desenvolvimento de P&D, buscando minimizar o tempo, maximizar a produção.

Ressalta-se que esse projeto teve a participação das professoras e pesquisadoras, Dra. Patrícia Severino e Dra. Juliana Cardoso, da Universidade Tiradentes e do Instituto de Tecnologia e Pesquisa. Além disso, contou com apoio de curso de Enfermagem com as professoras Dra. Danielle Oliveira, Dra. Carine Santana (doutoras pelo Programa de Pós-graduação em Biotecnologia Industrial – PBI-UNIT), MSc. Maria Paula Futuro (mestre pelo curso de Pós-graduação em Saúde e Ambiente – PSA/UNIT) e as doutorandas MSc. Fernanda Kelly Oliveira (Renorbio/UNIT) e MSc. Taline Almeida (PBI/UNIT).

 

PARCEIROS

Aliado à importante colaboração do Coren-SE, dos pesquisadores e professores, algumas empresas se prontificaram a entrar nesta corrente do bem. Os primeiros protótipos impressos em terras Sergipanas foram possíveis devido ao conhecimento técnico de profissionais que trabalham nas empresas INOVECTOR3D e do Innovation Center (UNIT). Estes protótipos foram testados e avaliados por profissionais de Enfermagem e de Saúde do SAMU. Além disso, a empresa Pague Menos fez a doação de 10.000 filtros de algodão, os quais serão essenciais para a efetividade da máscara.

 

Maiores informações e acompanhamento do desenvolvimento podem ser acessado no site https://tron-edu.com/mascara

 

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