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Coren Sergipe encontra
a UPA de Poço Verde em situação crítica

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12.11.2024

Na manhã do dia 8 de novembro de 2024, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Poço Redondo, em Sergipe, foi palco de uma inspeção que revelou uma situação crítica para os profissionais de enfermagem e a população local. O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren) Marcel Azevedo, acompanhado do conselheiro Igor Caio e da enfermeira fiscal Barbara Bezerra, constatou irregularidades que não podem ser ignoradas.

As denúncias recebidas pelo Coren incluem três meses de salários atrasados para os profissionais contratados, a falta de repasse do complemento do Piso Salarial desde maio e o descumprimento da Lei do Repouso, que garante condições dignas de trabalho. Essa situação alarmante não apenas afeta a classe de enfermagem, mas também coloca em risco a qualidade do atendimento à saúde na região.

A inspeção foi um chamado à ação. O Coren Sergipe decidiu que representará o município de Poço Redondo junto ao Ministério Público do Estado, buscando uma solução para essas graves irregularidades. O que se viu na UPA foi uma realidade que muitos profissionais de saúde enfrentam diariamente, mas que raramente chega aos holofotes.

 

Subtítulo: Impactos para os Profissionais de Enfermagem

A enfermagem da UPA de Poço Redondo estão enfrentando dilemas sérios que vão além da questão salarial. A falta de repasse do complemento do Piso Salarial, estabelecido para garantir uma remuneração justa e digna, gera uma sensação de desamparo e desmotivação.

As condições de trabalho, já comprometidas, tornam-se insustentáveis com o descumprimento da Lei do Repouso. A sobrecarga de trabalho não apenas prejudica a saúde mental e física dos profissionais de enfermagem, mas também eleva o risco de erros que podem afetar diretamente a vida dos pacientes.

Além disso, a imagem da enfermagem como uma profissão respeitada e valorizada está em jogo. A falta de apoio institucional e a precarização das condições de trabalho criam um ambiente hostil, onde muitos profissionais se sentem desvalorizados e desmotivados. Essa realidade não deve ser silenciada, pois a sociedade precisa conhecer e apoiar a luta dos profissionais de saúde.

 

Subtítulo: O Impacto na Sociedade

A crise na UPA de Poço Redondo não afeta apenas os profissionais de enfermagem, mas toda a comunidade. Quando esses profissioanis não recebem salários em dia, e trabalham em condições precárias, a qualidade do atendimento à saúde fica comprometida. Os cidadãos que dependem da UPA para emergências e atendimentos regulares são os mais prejudicados.

A insatisfação e o estresse entre os profissionais podem levar a um atendimento deficiente, onde a humanização e a empatia — características essenciais na enfermagem — são colocadas em segundo plano.

Além disso, a atuação do Coren Sergipe ao representar o município junto ao Ministério Público é um passo importante para garantir que os direitos dos profissionais de saúde sejam respeitados e que a população tenha acesso a um atendimento digno. É um alerta para que a sociedade se mobilize e exija melhores condições para os trabalhadores da saúde, pois, em última análise, todos somos afetados quando a saúde pública não é priorizada.

Fonte: ASCOM do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe