Fiscalização do Coren-SE retorna à Maternidade Nossa Senhora de Lourdes

Visita teve objetivo de averiguar denúncia recebida pelo Conselho e acompanhar a atual situação da instituição de saúde

21.05.2020

Com o compromisso de fiscalizar, acompanhar as adequações e, consequentemente, verificar a atual situação das instituições de saúde que as fiscalizações do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren-SE) já percorreram, mais uma inspeção foi realizada na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Aracaju, nesta quinta-feira, 21/05.

A fiscalização, além de tratar do acompanhamento das adequações, serviu para averiguar denúncias recebidas pelo Departamento de Fiscalização do Coren-SE. Dentre os relatos de inconformidade, o local de expurgo era um dos pontos abordados e, de acordo com a inspeção in loco, ficou constatado que a maternidade dispõe de protocolo operacional padrão de acordo com as diretrizes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No entanto, foi identificado fluxo inadequado da Central de Material e Esterilização (CME), com relação ao processamento do protetor facial/face shield, que é um Equipamento de Proteção Individual (EPI) e que não está em conformidade no local. De acordo com a equipe de fiscalização do Coren-SE, é preciso realizar a adequação, principalmente, com relação ao fluxo de dispensação.

Outra observação realizada foi na CME, local onde são processados os artigos utilizados pelos profissionais de enfermagem, que não possui vestiário próprio para a equipe de enfermagem, o que acarreta dificuldades para quem labora no local. Já em relação a outro ponto da denúncia, não há local adequado para paramentação e desparamentação. Verificou-se que a maternidade não possui estrutura física que permita esse fluxo adequado.

Com base no observado, o que se constata é a improvisação de determinados locais, que precisariam de significante aprimoramento para permitir que os profissionais prestem assistência melhor e mais segura no combate ao novo coronavírus. Durante a visita na ala azul, na Unidade de Cuidados Especiais, local de isolamento com um leito para mulheres adultas e isolamento com 06 leitos para casos de recém-nascidos com Covid-19, constatou-se que existe lugar de paramentação e desparamentação, entretanto, faz-se necessário aprimorar o fluxo.

A superlotação permanece no centro cirúrgico e é notável que a maternidade não possui a mínima condição estrutural. “É uma dificuldade física, que impossibilita receber adequadamente mulheres suspeitas ou confirmadas de Covid-19”, constata a enfermeira fiscal do Coren-SE, Daniela Miranda.

A falha na estrutura física dificulta consideravelmente o trabalho dos profissionais, em especial no centro cirúrgico. “É gritante e urgente que o governo do Estado providencie uma unidade para receber este tipo de paciente. É fundamental que sejam tomadas as medidas para sanar esta questão. Realmente, tem que se criar uma unidade de referência para estes casos”, revela a enfermeira fiscal do Coren-SE Nivia Fabiana da Silva.

O Coren-SE, mantém o canal de denúncia aberto para profissionais de enfermagem e sociedade, afim de dar voz aos que estão na linha de frente do combate à pandemia. Além disso, o Conselho permanecerá com os acompanhamentos necessários e, diante da dificuldade de cumprimento relacionado ao que precisa ser ofertado e das demais adequações que não foram realizadas, será encaminhado relatório ao Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF) e Procuradoria do Coren-SE para que as medidas jurídicas sejam adotadas, visando a resolução das questões identificadas.

 

Fonte: Ascom Coren-SE

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