Hospital São José possui déficit de profissionais de enfermagem

09.01.2015

Os serviços de assistência à saúde no Hospital São José em Aracaju ainda atrai sergipanos que buscam atendimento de urgências e demais procedimentos, mas reconhecidamente mantem um quadro de profissionais da enfermagem menor que o necessário para atender a legislação. A enfermagem na unidade vem sendo fiscalizada desde 2011 pelo Conselho Regional de Enfermagem, quando foram detectados problemas que comprometem a assistência à população.
Desde então, mesmo com protocolos de compromissos assinados para que os principais problemas sejam solucionados, não foram feitos. A população usuária do Ipes, do Sistema Único de Saúde, de convênios e particulares precisa dos serviços, então busca a assistência.
Na última fiscalização do Coren/SE foram encontrados problemas de dimensionamento de pessoal, isto é, a quantidade de profissionais enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem é menor do que preconiza a legislação, através da Resolução Cofen nº 293/2004. Muitas alas estão ficando sem a presença do enfermeiro responsável durante o período noturno e isso demonstra que a quantidade desses profissionais para o quantitativo de atendimento é menor que o exigido por lei. Não há nem profissionais que substituam outros em casos de faltas e dobras.
Outro problema encontrado foi quanto a organização de serviços de enfermagem que está fora do padrão das normas legais. A sistematização só foi implantada na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), o que demonstra que nos demais setores do hospital essa ordem vem sendo feita com carência para uma assistência eficiente. O manual de normas e rotinas que faz parte da procedimentos obrigatórios para constar no atendimento de serviços da enfermagem também não foi encontrado. Ele embasa os profissionais quando se esbarram em situações de atendimento.
Em janeiro de 2013 foi firmado um acordo entre o Regional e o Hospital São José, mas ainda não houve cumprimento dos pontos identificados no TAC – Termo de Ajustamento de Conduta. A fiscalização realizada no início de janeiro agora está em fase de relatório final e este será enviado aos órgãos envolvidos para solucionar as questões. E seguirá com os prazos legais até que possam ser averiguadas as correções obrigatórias. O Coren/Se como órgão fiscalizador estará acompanhando a evolução desta situação garantindo assim uma assistência de qualidade na saúde para a sociedade sergipana.