Humanizar é preciso: Enfermeiras do Hospital e Maternidade Santa Isabel criam o projeto Diploma de Vencedor para os pacientes da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal.


19.01.2023

O amor pelo que fazem e a empatia com cada mãe que passa pela UTIN do Santa Isabel foi o que moveu as enfermeiras Cristiane Neves, Gerente de Enfermagem do Bloco Neo Natal do Hospital e Maternidade Santa Isabel, e Maria Ruth, Gerente do Internamento Pediátrico e Urgência, a criarem o projeto “Diploma de Vencedor”, uma forma lúdica de homenagear e enaltecer os bebês e crianças que depois de lutarem bravamente em longo período na UTIN, alcançam o tão esperado momento da alta e vão para casa no braço daquela mãe que tanto sonhou com esse momento que a Enfermeira Ruth define como “uma luz no fim do túnel”.

O Coren-SE foi até o Santa Isabel conhecer de perto o projeto e conversar com as enfermeiras idealizadoras. Na conversa a Enfermeira Cris começou nos contando quando surgiu o projeto e como ele funciona: “Essa ideia aflorou depois da pandemia. Começamos a fazer, a partir do início de 2022. Nós aqui no bloco neonatal recebemos mães de todo o estado. Imagine você receber uma mãe que passou nove meses gestando um bebê e gerando dentro dela durante nove meses o bebê perfeito, né? E aí esse bebê nasce e quando ele nasce ele é retirado dessa mãe e trazido pra unidade neonatal. Aí a gente recebe essa mãe na unidade da melhor forma possível e aí vendo todo esse sofrimento dessas mães.. e é justamente aí que surgem essas ideias de humanizar realmente o nosso atendimento. Porque eu como mãe, as técnicas, toda a equipe, todo mundo tem filho. Então a gente pensa em passar pra mãe um pouco do que a gente sente também como mãe. Uma forma de acalmar o coração dessas mães. E a gente trouxe pra dentro da UTIN também o ‘mesversário’, quando a mãezinha tem interesse de fazer”.

A Enfermeira falou também do apega e carinho que nutrem por esses bebês e de como eles são, de fato, considerados vencedores por toda a equipe, depois de vencer tantos dias na unidade de terapia intensiva. “A gente acaba tendo uma atenção maior com esse bebê que fica muito tempo com a gente. Porque uma coisa é você ter uma experiência de dois, três dias, bebê ficar bem e ele vai embora. Outra coisa é esse bebê conviver com a gente aqui por três meses, como foi o caso do ultimo bebê que recebeu alta. A mamãe acompanhou aqui oitenta e três dias aqui com a gente. Foi um bebê muito difícil passou por cirurgia cardíaca, então, é uma forma de acalmar realmente e dar um acalento ao coração dessa mãe, esse diploma. Porque, realmente, ele passou por tudo isso. Mas, a gente conseguiu tirar do hospital, mandar esse bebê pra casa. Então, ele é sim um grande vencedor”.

E disse que além do ‘mêsversário e do diploma, também realizam o batizado de alguns bebês: “A gente também permite a essas mães, batizar também o bebê aqui dentro. A gente chama o nosso padre da capelinha e faz o batismo aqui dentro da unidade. São formas de realmente humanizar o nosso cuidado para que a estadia dessa mãe seja, não vou dizer tranquila porque ter um bebê na UTI não é tranquilo. Mas que ela confortada, a palavra é conforto mesmo. De uma forma que a gente consiga se aproximar dela até acessar o coração dessas mães, porque, elas ficam muito felizes com esses com esse conforto. Se ela entra aqui e ela sente que está deixando o bebê dela com uma equipe qualificada e humanizada ela vai pra casa mais tranquila. E a gente fica com esse sentimento de gratidão e de que cada um cumpriu com o seu papel”, ela revelou ainda que existem mais projetos para serem desenvolvidos, “A gente acredita que enfermagem precisa ser humanizada e, por isso, todas as formas de humanização que a gente puder colocar aqui no bloco neonatal pra melhorar nossa assistência é bem-vinda. Eu tenho sim outros projetos que vamos construindo com calma”.

Para as idealizadoras, dividem o mesmo sentimento: GRATIDÃO. “Fico arrepiada. Gratidão. Gratidão. Gratidão pela entrega que a gente está realizando. Aquele pacotinho de amor indo pra casa. Gratidão de ver o chorinho. No olhar da mãe… eu choro mesmo’, declarou a Enfermeira Cris. A Enfermeira Ruth disse que sente também a sensação de dever cumprido, “A gente tem a sensação de missão cumprida. De que trouxemos de volta o sorriso radiante pra aquela família, pra aquela mãe. Quando a gente cuida de uma criança, a gente não cuida de uma pessoa só, a gente cuida da família. Então é retornar pra toda a família a fé e uma luz no fim do túnel”.

 

 

 

 

 

 

 

Projetos como esse humanizam ainda mais a enfermagem sergipana e são, sem dúvidas, motivo de orgulho par o Coren-SE, que parabeniza toda a equipe de enfermagem do Hospital e Maternidade Santa Isabel.

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