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Site reúne informações sobre Febre Amarela para profissionais de Saúde


23.01.2018

Imagem obtida da internet

O Ministério da Saúde lançou hotsite sobre a Febre Amarela, trazendo dados, perguntas frequentes, notícias sobre a doença e informações para profissionais de Saúde. Nas últimas semanas, entretanto, houve registro da contaminação e óbitos pela febre amarela silvestre. São pessoas, não vacinadas, que estiveram em áreas de floresta ou de mata de regiões consideradas de risco. No início de 2008, o aumento do número de mortes de macacos em matas próximos de cidades, porém, fez com que as autoridades estaduais, municipais e federal acionassem os órgãos de vigilância em saúde. A preocupação é com o possível aumento do vírus circulante da doença nas florestas ou cerrado.

A febre amarela é evitada por uma vacina extremamente eficaz, que é segura e economicamente acessível. A Organização Mundial de Saúde reitera que uma dose única da vacina da febre amarela é suficiente para conferir uma imunidade sustentada e uma proteção para toda a vida, não sendo necessário uma dose de reforço desta vacina. Esta vacina fornece uma imunidade eficaz no prazo de 30 dias a 99% das pessoas vacinadas.

Febre Amarela – Informações para profissionais de Saúde

Sinonímia

Não há.

Etiológico

Vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.

Reservatórios

Em ambas as formas epidemiológicas os mosquitos vetores são os reservatórios do vírus amarílico.

Na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica. Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros do vírus amarílico e o homem é um hospedeiro acidental.

Modo de transmissão

Somente pela picada de mosquitos transmissores infectados.

Período de incubação:

De 3 a 6 dias após a picada do mosquito.

Período de transmissibilidade:

Inicia-se de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas e vai até 3 a 5 dias após o início dos sintomas, período em que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. Esse período corresponde ao período de viremia. O mosquito, após ter sido infectado, é capaz de transmitir a doença por toda sua vida.

Diagnóstico diferencial:

O diagnóstico das formas leve e moderada é difícil, pois pode ser confundido com outras doenças infecciosas do sistema respiratório, digestivo ou urinário. Formas graves com quadro clínico clássico ou fulminante devem ser diferenciadas de malária, leptospirose, febre maculosa, febre hemorrágica do dengue e dos casos fulminantes de hepatite.

Diagnóstico laboratorial:

O diagnóstico pode realizado por isolamento do vírus amarílico e detecção de antígeno em amostras de sangue ou tecido e por sorologia. Também podem ser realizados exames de histopatologia em tecidos pos morten.

Tratamento:

Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. O paciente deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando necessário. Os casos grave devem ser atendidos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de modo que as complicações sejam controladas e o perigo da morte, eliminado.

Vigilância epidemiológica:

Tem por objetivos manter erradicada a febre amarela urbana e controlar a silvestre. Todos os casos suspeitos da doença devem ser investigados, visando mapeamento das áreas de transmissão e identificação de populações de risco para prevenção e controle.

Notificação:

Ocorrência de suspeita de febre amarela deve ser notificada imediatamente e investigada o mais rapidamente possível, pois se trata de uma doença grave e de notificação compulsória internacional – todos os casos suspeitos devem ser informados às autoridades sanitárias, já que um caso pode sinalizar o início de um surto, o que pede medidas de ação imediata de controle.O que é?

Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Febre Amarela

No ano de 2001, a SVS, à época, Cenepi/Funasa, implementou o Plano de Intensificação das Ações de Prevenção e Controle da Febre Amarela com o objetivo de reduzir a incidência da forma silvestre e impedir a ocorrência da forma urbana, erradicada desde 1942. A febre amarela do tipo silvestre não pode ser erradicada, já que o vírus circula naturalmente nas matas entre os macacos e vetores silvestres – mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes – que transmitem a doença para seres humanos depois de picar os macacos contaminados. Mas existem formas de prevenção e controle eficazes que vêm sendo implementadas pelo Plano de Intensificação.

Um dos pilares fundamentais do Plano é o fortalecimento da vigilância epidemiológica da doença nos estados e municípios do País. Para isso, profissionais da área de saúde foram capacitados em todos os estados, tanto em vigilância específica da febre amarela como no manejo de primatas não humanos (macacos), o que possibilitou a implementação da vigilância de epizootias (morte de macacos). Em geral, epizootias causadas por febre amarela antecedem a ocorrência de casos humanos, e a atenção dos profissionais de saúde para esses eventos pode evitar surtos e epidemias. A SVS também aumentou a capacidade para diagnóstico da febre amarela em 19 laboratórios da rede pública nacional.

Outro pilar em que se baseiam as ações da SVS para o controle e prevenção da doença é a vacinação. A febre amarela é uma doença grave que não possui tratamento específico, entretanto, possui uma vacina segura e eficaz. No Brasil, a vacinação está indicada a partir dos 9 meses de idade para todos os residentes das áreas de risco – endêmica, transição e risco potencial (ver mapa) – e para viajantes que se dirigem para estas áreas (ver recomendações para viajantes). A vacina é gratuita e está disponível em postos de saúde de todos os municípios do País e tem validade de dez anos.

A meta de vacinação é atingir 100% da população em todos os municípios das regiões endêmicas, de transição e de risco potencial para a doença. E para isso, a SVS estimula estratégias diferenciadas: fora as salas de vacinação distribuídas por todo o território brasileiro, a vacina é dada de casa em casa aos moradores de zonas rurais, postos são montados em escolas e existe uma mobilização social feita em conjunto com o Programas de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e o da Saúde da Família (PSF). Outras estratégias relacionadas com a vacinação incluem o monitoramento rápido da cobertura nos municípios, avaliação sistemática dos eventos adversos da vacina e atividades de sensibilização para vacinação de adultos e de populações vulneráveis, como bóias-frias, pessoas assentadas ou que moram em acampamentos dos sem terra, caminhoneiros e população indígena. Tudo feito em parceria com a gestão municipal, estadual e instituições não governamentais.

Fonte: Ascom – Cofen

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